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COMO ESTÁ A ROTINA DE ORDENHA NA SUA PROPRIEDADE?
Informativo
A rotina de ordenha é um dos principais procedimentos executados dentro da fazenda que pode afetar a qualidade do leite produzido. É neste procedimento que ocorre a limpeza e desinfecção (antes e depois da ordenha) dos tetos, identificação de mastite clínica.
Devido à importância da rotina de ordenha, para a qualidade e volume do leite produzido, é desejável que este procedimento seja muito bem controlado. O controle da rotina de ordenha pode ser feito por indicadores, que auxiliam na mensuração da eficiência de cada tarefa desenvolvida, tais como:
1) Avaliação da eficiência de desinfecção e secagem dos tetos pré-ordenha: esses itens podem ser medidos pela observação do filtro de leite após a ordenha; e/ou pode-se esfregar um paninho branco (ou “gaze”) no orifício do teto e atribuir uma nota de acordo com o grau de sujeira observado:
2) “Teste da caneca”: a caneca pode ser avaliada de acordo com a presença de grumos no filtro de leite.
3) Tarefa de limpeza das camas/piquetes das vacas: pode ser avaliada de acordo com o grau de sujidade das pernas e úberes das vacas.
4) Desinfecção dos tetos após a ordenha: pode ser avaliada visualmente ou, preferencialmente, periodicamente avaliada com o auxílio de um papel toalha, que envolve (“abraça”) toda superfície do teto com pós-dipping, e logo após observa-se a área de cobertura marcada no papel com o pós-dipping.
Qual princípio ativo devo escolher para produtos de desinfecção de tetos?
Diversos princípios ativos para produtos de pré e pós-dipping estão disponíveis comercialmente, como iodo, ácido lático, cloro, peróxido de hidrogênio, clorexidina, compostos fenólicos e ácido dodecil benzeno sulfônico (ADBS).
Como posso avaliar visualmente os desinfetantes de teto?
Existem algumas avaliações visuais que podem indicar a eficiência do produto de desinfecção de tetos. É sempre importante também avaliar: a) a homogeneidade do produto; b) cheiro; c) observar temperatura, vermelhidão e irritação da pele dos tetos e dos ordenhadores; d) desconforto (“sapateamento”) das vacas durante o teste da caneca e durante a ordenha.
Outra avaliação que pode ser feita, é a de capacidade de limpeza do produto de pré-dipping, e a de capacidade de remoção do produto de pós-dipping.
A presença de matéria orgânica no algodão (ou “gaze”) pode indicar falha de limpeza pelo produto de pré-dipping, e a presença de resíduos de pós-dipping pode indicar dificuldade de remoção deste produto.
Médico Veterinário GIOVANI MENEGON - DEPEC COAGRIL
