A aveia possui um papel importante no sistema de produção de grãos no sul do Brasil, pois é uma planta que implementa o sistema de rotação de cultura adotado pelos agricultores. A aveia é cultivada como uma excelente forrageira disponibilizando trato para os animais nas épocas de menor oferecimento de pastagens naturais, como cobertura de solo evitando as perdas causadas pelas chuvas, como silagem para alimentação de bovinos de leite, especialmente para pequenos produtores e como produtora de grãos de qualidade superior tanto para alimentação humana como animal.     

     As sementes de aveia germinam facilmente, em profundidades de 2 a 4 cm, porém em profundidades maiores, existem riscos de sementes de baixo vigor e com poucas reservas não germinarem, e maior é o tempo para a completa emergência das plântulas e conseqüente redução do índice de perfilhamento.

        A aveia é uma alternativa para cobertura do solo no período de inverno, pois, além de assegurar a proteção do solo, evita a erosão neste período do ano. Do mesmo modo a grande produção de matéria seca permite a implantação das culturas de verão, especialmente através da semeadura direta.

        O solo mais propício à cultura é o que apresenta boa drenagem, pouca acidez, boas características físicas e com boa fertilidade. Estas áreas devem estar em rotação de cultura com outras culturas de inverno e com baixa incidência de plantas daninhas.

      Quando o cultivo se destina à produção de grãos, as exigências são maiores, para que, além de bons rendimentos, se obtenha um produto de boa qualidade, cuja comercialização seja facilitada, tanto para indústria de alimentos, quanto para a alimentação animal.

     A colheita deve ser realizada o mais rapidamente possível quando os grãos tiverem atingido a umidade aproximada de 15 %. O atraso determina ação de fatores adversos, com prejuízos tanto no rendimento quantitativo como qualitativos, pois ocorre acamamento e quebra do colmo das plantas, com conseqüentes perdas de sementes que caem e não são mais recolhidas pelas colheitadeiras.

  Qualquer dúvidas que os produtores tenham nos colocamos a disposição junto ao departamento técnico da COAGRIL.

                                                                            Denilso Mombelli

                                                                            Detec Coagril