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Dessecação para a implantação da cultura do milho

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Aproxima-se a época de semeadura da cultura do milho, sendo a dessecação ou manejo a primeira prática e de importância fundamental, para a implantação da lavoura. O azevém (Lolium multiflorum) constitui na maioria das vezes, em planta indesejável nas lavouras do sul do Brasil. Embora possa ser utilizado como forrageira, ele se constitui planta daninha para culturas como o trigo e o milho.

A dessecação antecipada para a implantação da cultura do milho, cerca de 30 dias antes da semeadura, evita a competição interespecífica e os efeitos da alelopatia, alem de diminuir a incidência de pragas nos restos culturais com alto poder de dano, como por exemplo, os percevejos.

A dessecação atual, já não deve ser apenas com a utilização de glifosato, isso devido a cerca de 99 % das lavouras com presença de azevém apresentarem indivíduos tolerantes a esse principio ativo. As primeiras constatações de resistência de azevém ao herbicida glifosato foram observadas na Austrália. Em 1996, foram constatadas populações de azevém resistentes, da espécie Lolium rigidum, em 40% das áreas agrícolas da Austrália. No Chile e no Brasil o azevém apresenta populações resistentes ao herbicida glifosato.

Vale salientar que mesmo utilizando-se um graminicida, a necessidade de utilização de glifosato para controlar as espécies dicotiledôneas (folhas largas) permanece. Assim, a resistência de plantas daninhas faz com que produtores necessitem acrescentar mais um herbicida na lista de aplicações ou a alterar o manejo da vegetação nestas áreas, utilizando métodos de manejo e controle, muitas vezes menos eficientes e com maior custo de aplicação. Esses fatos ilustram o custo da resistência para o produtor.

A aplicação seqüencial de doses de glifosato, prática eficiente sobre espécies de difícil controle, não apresenta incremento satisfatório no nível de controle do azevém resistente. Portanto, o uso de glifosato para controlar azevém resistente é inviável, devendo-se utilizar herbicidas graminicidas nestas áreas.

Dentre as possíveis soluções para esse problema, está a associação de cletodim (POQUER®) ao glifosato na calda de aplicação para a realização da dessecação. A associação destes dois princípios ativos, de modos de ação diferenciados, permite uma eficiência correspondente de 95 a 100% tanto para indivíduos resistentes como para indivíduos susceptíveis ao glifosato, (Embrapa, 2006).

A prevenção e o manejo das áreas infestadas com azevém resistente ao glifosato deve ser realizado com uso de práticas, como a rotação de culturas, de métodos de controle integrados, bem como com a utilização de herbicidas com mecanismos de ação diferente daquele para o qual as plantas possuem resistência.

É importante salientar que os cuidados com umidade do ar, ventos, água, tipo de bico são imprescindíveis, o uso de adjuvantes (Óleo mineral, espalhante adesivo) também é de fundamental importância.

Preconiza-se ao produtor, que sempre que possível implante a cultura sem a presença de plantas daninhas, devido à diminuição do efeito da competição, alem do aumento do custo dos produtos seletivos, caso haja necessidade de aplicação futura.

 

Eng.º Agrônomo Mauro Roberto Rohr

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