MOFO BRANCO Sclerotinia sclerotiorum

O mofo branco, doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, apresenta alto potencial de prejuízo à cultura da soja, podendo ocasionar perdas de produtividade de 30% até 100%. Este fungo possui muitos hospedeiros, restringindo as opções e as possibilidades para a rotação de culturas nas áreas com o histórico da doença.

A doença manifesta-se com maior severidade em áreas acima de 600 metros de altitude e condições de alta umidade e temperaturas variando entre 10 °C e 21°C. Na região de chapada a altitude das nossas áreas de cultivo ficam a maior parte entre 400 a 600 m, e mesmo assim podemos observar nos últimos anos um aumento significativo da doença no campo.

O fungo é capaz de infectar qualquer parte da planta, porém, a fase mais vulnerável na cultura da soja compreende os estádios da floração plena (R2), porque a flor serve como fonte primária de energia e alimento para fungo, estendendo-se ao início da formação das vagens (R3/R4).

O fungo S. sclerotiorum, na ausência de plantas hospedeiras, consegue sobreviver no solo através de estruturas denominadas escleródios por um período de 5 até 10 anos.

Os escleródios possuem coloração escura, formados pelo próprio micélio do fungo. Estas estruturas contêm substâncias de reserva que permitem ao fungo sobreviver por muito tempo, até que as condições ambientais sejam favoráveis à sua germinação.

Medida preventivas: deve sempre adquirir sementes fiscalizadas, evitar a semeadura de nabo forrageiro como cultura de cobertura, pois este tem grande impacto na disseminação do mofo em nossa região pela dificuldade de encontrar semente livre do escleródio, realizar rotação de culturas, produção de palhada na área, limpeza de maquinas e implementos quando trocar de área, escolha de cultivares de porte mais eretos, controle de plantas daninhas hospedeiras.

Já em áreas que o produtor identificou a presença da doença, além de realizar todas as práticas descritas acima, deve realizar também: tratamento de semente com produto registrado, controle biológico e controle químico e como medidas mais drásticas realizar revolvimento do solo.

Engenheiro Agrônomo Roger Adriano Uebel