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CIGARRINHAS NA CULTURA DO MILHO

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Nesse ano nas lavouras implantadas com a cultura de milho em nosso município, tanto em área de safra normal e também nas áreas de milho safrinha tivemos que aprender a manejar, e controlar um inseto que na nossa região até o ano passado não era problema e nesse ano acabou surgindo com um nível bem alto de infestação nas lavouras de milho do nosso município que é a cigarrinha do milho.

Essa nova praga identifica-se como a cigarrinha-do-milho (nome cientifico Dalbulus maidis) pertence à ordem Hemiptera e família Cicadellidae. São insetos de tamanho reduzido, com 0,4 cm sua coloração e de branca a palha e duas manchas pretas na parte dorsal da cabeça.  Os indivíduos têm período embrionário de 5 a 10 dias, fase de ninfa de 14 a 16 dias, levando em média 24 dias para chegar à fase adulta.  Essa fase apresenta longevidade média de 45 dias, que varia em uma mesma população e com a temperatura ambiente. 

Esses insetos causam danos na cultura do milho através da sucção da seiva das plantas existentes na lavouras, sendo que ao mesmo tempo que sugam a seiva, injetam uma toxina e transmitem um fito patógeno e acabam transmitindo um enfezamento para as plantas onde as perdas de produtividade na lavoura podem atingir 70% ou mais dependendo do nível de infestação da lavoura.

As cigarrinhas se tornam transmissoras desses fitopatógenos, após se alimentar de uma planta infectada pelo vírus do enfezamento. Para isso o inseto necessita entrar em contato com a planta infectada e realizar a sucção da mesma por algumas horas. Os adultos da cigarrinha podem se alimentar de outras plantas além do milho, no caso plantas da família das gramíneas, mas só se reproduzem em cartuchos de plantas de milho.  

A cigarrinha do milho dissemina as seguintes doenças por transmitirem os patógenos associados a elas: virose da risca raiado fino (MRFV, Maize raiado fino vírus), enfezamento pálido (Spiroplasma kunkelli) e enfezamento vermelho (Maize bushy stunt phytoplasma).  

Esses dois últimos patógenos são denominados molicutes, ou seja, bactérias que invadem sistemicamente a planta e se multiplicam nos tecidos vasculares do floema. 

Os sintomas de enfezamento aparecem na fase reprodutiva das plantas de milho, entre eles são comuns as manchas cloróticas avermelhadas ou pálidas, a presença de estrias nas folhas, redução de entrenós, espigamento múltiplo, redução do volume radicular, emissão de brotos nas axilas, má formação de espigas e falha na formação dos grãos da espiga e também causam o enfraquecimento dos colmos onde a planta acaba tombando.   

Para diagnosticar com qual patógeno uma planta está infectada é necessário análise molecular em laboratório para investigar a presença de gene(s) do patógeno.  

Em safra normal o nível de dano é menor devido ao baixo nível de infestação dos insetos calcula-se em torno de duas cigarrinhas por planta, enquanto na safrinha esse nível aumenta para cinco ou mais cigarrinhas por planta.

Seu controle deve ser feito de forma preventiva no início da infestação, visando diminuir a população desse inseto, utilizando inseticidas registrados para o controle dessa praga onde os inseticidas formulados com os princípios ativos a base de acefato, thiametoxan, imidacloprido, carbosulfano, tem entregado um controle satisfatório em níveis mais baixos de população, já em áreas de safrinha com altos níveis populacionais dessa praga nota-se a reinfestação da lavoura em menos de uma semana. Outro método de controle que devemos adotar é a implantação das lavouras de milho safrinha com cultivares mais tolerantes.

Maiores informações podem ser obtidas junto ao departamento técnico da Coagril.

 

Técnico Agrícola :Juliano Steffens

          Detec Coagril

 

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