Manejo de nitrogênio do trigo

A área de trigo este ano teve novamente um incremento de 20 por cento, muito em função da frustração da safra de verão e também pela valorização do preço da cultura do trigo, assim os produtores resolveram apostar na cultura.

 A semeadura do trigo encontra-se praticamente encerada, com atraso na semeadura em função das fortes chuvas no mês de junho, temos no campo um trigo relativamente com bom stand inicial, com algumas áreas mais prejudicada em função das fortes chuvas, que afetaram negativamente o potencial produtivo.  A grande maioria das áreas o trigo encontra-se na fase início do perfilhamento, fase está extremamente importante para realizarmos o manejo de nitrogênio. 

Para obtermos alta produtividade em trigo precisamos acertar este manejo, realizar a aplicação no momento, dose e produto recomendado.  Sabemos que este manejo interfere diretamente na produtividade, pois altera os componentes de rendimento, que são: número de espigas por m², número de espiguetas por espiga, número de grãos por espigueta e peso de grão.  

Muitos produtores baseiam-se em dias após a semeadura para realizar a aplicação, erroneamente utiliza-se esta metodologia, pois à diferença entre as cultivares, além da interferência direta do clima. A correta interpretação é pela fase fenológica que o trigo se encontra.

Para obtermos elevados potenciais produtivos, recomenda-se parcelar a aplicação de nitrogênio em duas etapas, a primeira sendo no início do perfilhamento (duplo anel) e a segunda no início do alongamento (espigueta terminal).

Quanto a dose a ser utilizada vai variar em função da cultura antecessora, teor de matéria orgânica e produtividade esperada. Já a fonte de nitrogênio, recomenda-se utilizar ureia comum e ureia protegida, ambas realizar a aplicação antes de uma precipitação de 20 a 40 mm de chuva.

Qualquer dúvida coloco o departamento técnico da Coagril a disposição.

Engenheiro agrônomo Roger Adriano Uebel