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GIBERELA NO TRIGO

Informativo

Com o grande avanço no desenvolvimento das áreas de trigo nos últimos dias, grande parte das lavouras de nosso município estão em fase de espigamento e florescimento, sendo assim uma grande janela de suscetibilidade da doença Fusarium graminearum (giberela), sendo hoje uma das doenças de espiga de maior importância e relevância do sul do Brasil.

Sendo uma doença de grande importância econômica temos que levar em consideração alguns pontos importantes sobre esta doença, na qual deve-se ter um grande cuidado por ser de difícil controle pela grande limitação nas estratégias de manejo da doença na cultura, o período de suscetibilidade que auxilia muito na dificuldade de manejo, e o acumulo de micotoxinas nocivos tanto para humanos quanto para animais, é outro fator importante.

A incidência desta doença na cultura, dá se na fase de florescimento, desde o início da extrusão das anteras, as chamadas “flores” do trigo, até o final da fase de florescimento, sendo assim uma grande dificuldade de manejo, pelo difícil controle dos fungicidas na área de maior suscetibilidade da planta.

Certas cultivares são mais suscetíveis a Fusarium graminearum e por esse fator, há alguns aspectos que interferem na incidência a cultura do trigo, o grande acumulo e a maior incidência de chuvas no período de florescimento auxiliam o desenvolvimento da doença, bem como a realização de aplicações fungicas em momentos incorretos neste período, não auxiliarão no controle da doença.

A identificação desta doença dá se pelas espiguetas de coloração esbranquiçadas, despigmentadas e cor-de-palha, com suas aristas de mesma coloração e arrepiadas.

Por afetar a parte reprodutiva do trigo, as consequências desta doença estão diretamente ligadas a produtividade da cultura, apresentando as espiguetas e grãos com má formação, os mesmos ficam descoloridos, por este fato, a diminuição da produtividade e a baixa do peso hectolítrico (PH), são inevitáveis. Outro grande problema que acarreta a cultura é o grande acumulo da micotoxina desoxinivalenol (DON), sendo nociva para a utilização dos grãos para consumo humano e animal, baixando a qualidade do produto e dificultando assim o posicionamento e comercialização dos grãos para exportação e utilização em moinhos.

Podemos utilizar algumas estratégias na pré semeadura, para diminuir a incidência da giberela, como a opção por cultivares com maior resistência a doença, o escalonamento dos ciclos distintos em cada fase de semeadura, sempre respeitando o zoneamento de cada região para a semeadura.

A maior chance de controle da doença é a aplicação de fungicidas na fase de florescimento, sendo no início da exposição das anteras o estádio ideal para aplicação, levando em consideração sempre que quanto maior a incidência de chuvas nessa fase, maior é a necessidade de aplicações. Em anos de grande pressão de molhamento na fase de florescimento do trigo, pode-se utilizar algumas estratégias de aplicações, como por exemplo, fazer a aplicação entre 30% - 60% da fase de florescimento do trigo, e outra aplicação de 60% - 100%, em cultivares de maior suscetibilidade podemos efetuar 3 aplicações entre 25% - 50%, 50% - 75% e 75% - 100%, lembrando que para uma maior eficácia no controle, realizar as aplicações antes das ocorrências da chuva nesta fase crítica.

Desta forma orientamos os produtores a monitorarem suas lavouras e acompanhar as condições climáticas na fase de florescimento do trigo para um melhor controle e manejo preventivo da giberela no trigo, garantindo assim a produtividade e qualidade de sua safra.

Produtores e associados para maiores informações, esclarecimento de dúvidas e acompanhamento das lavouras entre em contato com o departamento técnico da Coagril.

 

 

Estagiário em agronomia Mateus Gabriel Rockenbach.

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