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INVERNO CHEGANDO, CUIDADO COM OS CASCOS

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Com a chegada do inverno, ocorre um aumento de umidade e consequentemente, começam os problemas de casco. As lesões do casco raramente levam o animal à óbito, no entanto por causarem incômodo quando o animal fica em pé e ao caminhar, reduzem consideralmente sua produtividade, por reduzir a quantidade de alimento ingerido, uma vez que os animais acometidos passam boa parte do tempo deitadas.

Os sistemas de produção estabulados, ou seja, intensivos, são os que mais sofrem com o problema, uma vez que as afecções estão diretamente ligadas ao fornecimento de alimentos concentrados, como no caso da laminite (em decorrência da acidose láctica ruminal), mas, sobretudo, com o tipo de piso em que ficam, na maioria abrasivos, que ferem os cascos. A maior incidência se dá justamente em estabulações com grande quantidade de material orgânico acumulado, umidade excessiva e, portanto, higiene precária.

O problema pode ser visto em sistemas semi-intensivos ou até mesmo extensivos, em que o deslocamento dos animais por terrenos pedregosos e íngremes, ou com muito barro, favorece o desenvolvimento das lesões, especialmente se os aprumos dos membros locomotores, mais especificamente do casco, não estiverem corretos.

Muitas propriedades adotam, com relativa eficiência, os pedilúvios preventivos de infecções podais. Neste caso, é importante colocar um lava-pés, com água, na entrada da sala de ordenha, o qual tem o objetivo de remover as sujidades dos pés dos animais, melhorando a higiene do local, e posicionar um pedilúvio na saída da sala de ordenha, este sim, com substâncias antissépticas para reduzir os microorganismos no casco. É importante que este pedilúvio fique na saída para que os produtos adicionados não corroam os utensílios da sala de ordenha, tampouco contaminem o leite ordenhado. As substâncias mais utilizadas são o formol e o sulfato de cobre. A utilização de ambos, em dias alternados, seria o ideal.

Deve-se lembrar que o manejo alimentar deve ser feito de maneira correta para minimizar o aparecimento de acidose ruminal subaguda, a qual é responsável pelo alto índice de laminite. A laminite, além de causar intenso desconforto e redução da ingestão de alimentos, com consequente redução da produção de leite e carne, causa prejuízos ao produtor pelo custo do tratamento. Sendo assim, o aumento dos casos de laminite deve servir como alerta de que o manejo alimentar não está sendo realizado de forma correta. Outra consequência da acidose é a infertilidade do rebanho, que normalmente é multifatorial, mas que pode ocorrer pela redução das reservas energéticas decorrentes desta infecção.

Para finalizar, de nada adianta tratar os animais doentes se não houver uma adequação da propriedade para reduzir as infecções. Para isto, deve-se ajustar o manejo, tanto alimentar quanto de casqueamento e limpeza do piso, bem como proceder a instalação de pedilúvio para reduzir a incidência da doença.

Méd. Vet. Giovani Menegon - DEPEC- COAGRIL

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