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ESTRESSE TÉRMICO: ATRAPALHA ATÉ PARA A RECONSTITUIÇÃO DO ÚBERE NO PERÍODO SECO!

Informativo

Não é novidade para o produtor de leite que o estresse térmico pode atrapalhar o desempenho produtivo e reprodutivo de suas vacas durante o período de lactação. Isso fica evidente em meses mais quentes do ano, onde são observadas quedas significativas de produção de leite, muitas vezes passando de 20% da produção total do rebanho e acompanhado de baixos índices de concepção que normalmente podem ser menos que a metade da concepção média alcançada durante meses mais amenos!

Se não bastassem os problemas causados pelo estresse térmico em animais em lactação, alguns estudos publicados na última década mostram claramente que altas temperaturas ambientais também afetam vacas no período de descanso da lactação, no qual o úbere da vaca precisa passar por um completo processo de involução e em seguida de renovação do suas glândulas mamarias em preparação para o próximo período de lactação.

Por exemplo, pesquisas científicas realizadas por grupos de estudos em todo o mundo evidenciam que vacas expostas a um excessivo nível de estresse térmico durante o período seco produzem cerca de 10 a 20% menos leite durante a lactação subsequente – mesmo que o problema de estresse térmico seja solucionado durante o período de lactação – o estresse durante o período seco tem um efeito negativo residual por toda lactação subsequente!

Ao que tudo indica, um estudo pioneiro realizado por pesquisadores Norte-Americanos (Wohlgemuth et al. 2016), o estresse térmico atrapalha – em muito – o processo de involução da glândula mamária, e por consequência, também atrapalha a renovação do tecido glandular mamário para a nova lactação. Estes pesquisadores mediram o efeito de expor vacas ao estresse térmico durante o período seco. Coincidentemente, o nível de estresse térmico ao qual as vacas foram expostas foi bastante parecido com o encontrado no Brasil na maioria das regiões produtoras de leite – fazendo com que estes achados sejam de grande relevância prática local.

Para a surpresa de todos, foi encontrado que a atividade renovatória pós-secagem na glândula mamária acontece muito mais rapidamente em animais mantidos em condições mais amenas se comparado com vacas mantidas sob condições de estresse térmico! Isso foi mais evidente logo nos primeiros dias após o processo de secagem. Em outras palavras, vacas que sofrem menos com estresse térmico tem uma involução do úbere muito mais eficiente. Por contrapartida, vacas sob estresse térmico tem um atraso no processo de involução da glândula após a secagem.

Em termos práticos, o produtor deve se organizar para manter vacas sob mínimas condições de estresse térmico principalmente durante o período seco devido ao seu efeito prejudicial à próxima lactação!

Méd. Vet. Giovani Menegon - DEPEC- COAGRIL

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