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QUESTÕES SIMPLES, MAS QUE ESTÃO SENDO ESQUECIDAS POR ALGUNS PRODUTORES DE LEITE

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Como estamos num período um pouco critico, com a introdução das tão comentadas IN 76 e IN 77, onde a indústria de lácteos está cada vez mais preocupada com a qualidade do seu produto e essa preocupação vem junto das novas regras instruídas pelas IN76 e IN77, levando ao produtor a ter que se adequar a parâmetros já indicados por outras normativas, mas agora cobrados com maior intensidade. O produtor de leite, precisa entender quais são os indicadores de qualidade e como melhorar esses indicadores no leite de sua propriedade.

Para o leite in natura, a qualidade é determinada basicamente por três parâmetros:
1) Baixas contagens de células somáticas (CCS); 2) Baixas contagens de Padrão em Placa (antiga CBT); 3) Ausência de resíduos de antibióticos ou de outros resíduos químicos.

Eu busquei elencar algumas dicas para melhorar esses parâmetros na propriedade. 

Contagem de células somáticas: A principal chave para diminuir a CCS do leite é o manejo. Dentro deste ponto, considera-se também a questão da higiene da fazenda. Confira abaixo algumas dicas para reduzir a CCS: *Realizar o teste da caneca de fundo preto; *Desinfetar os tetos antes e após a ordenha (uso de pré e pós-dipping); *Tratar imediatamente casos de mastite clínica e subclínica; *Fazer o descarte de vacas problema – mastite crônica ou CCS alta; *Higienização de equipamentos de ordenha; *Uso de linha de ordenha, ou seja, ordenhar primeiramente os animais sadios e depois aqueles com mastite subclínica; *Teste do CMT de vacas recém-paridas; *Vacinação para o controle de mastite;

Contagem Padrão de Placas: O principal meio de controlar a CBT é manter a higiene, desde as mãos dos colaboradores até o tanque resfriador. *Certificar de que a temperatura do leite no tanque resfriador esteja inferior a 4°C, três horas após a ordenha; *Limpar o tanque resfriador imediatamente após a coleta do leite; *Usar produtos específicos para limpeza; *Certificar que os tetos estão secos e limpos antes de ordenhá-los; *Utilizar água potável para limpeza dos equipamentos.

Resíduos de antibióticos: Os medicamentos usados nos animais, por qualquer via de aplicação (intramamária, intramuscular, intrauterina, oral, via alimentos e subcutânea), podem resultar em resíduos no leite. Seguem algumas medidas que precisam ser tomadas para inibir esse problema: *Implantar um programa de controle sanitário de mastite e outras enfermidades baseado em medidas preventivas (VACINAÇÃO); *Marcar e identificar as vacas tratadas; *Separar vacas tratadas, que devem ser ordenhadas por último; *Descartar o leite de todos os quartos das vacas tratadas; *Manter registros de todos os tratamentos realizados; *Usar somente medicamentos recomendados para os animais em lactação, de acordo com o Ministério da Agricultura, e sempre de acordo com a orientação veterinária; *Respeitar o período de carência, de acordo com a bula e orientação veterinária; *Não aumentar nem alterar as dosagens recomendadas (o tratamento deve ocorrer de acordo com o determinado pelo veterinário e orientado na bula do medicamento); *Não combinar antibióticos e drogas diferentes sem necessidade e orientação veterinária; *Armazenar todas as drogas em local adequado, separando os medicamentos para uso de vaca seca daqueles para uso nas vacas em lactação, restringindo o acesso apenas às pessoas responsáveis pelos tratamentos.

O produtor deve acompanhar no mínimo mensalmente, mas eu aconselharia que soubesse os resultados, assim que sair o resultado de cada análises do laticínio para ver o impacto das suas ações corretivas, pois somente assim será possível fazer os ajustes necessários.

Méd. Veterinário Giovani Menegon. DEPEC COAGRIL

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