A cultura da soja, preferencialmente implantada no final de outubro e inicio de novembro em Chapada-RS, tem no inicio do seu desenvolvimento a definição do potencial produtivo. Potencial este que poderá ser atingido ou não, dependendo das condições climáticas e de manejo que serão impostos a cultura até o final do seu desenvolvimento.

            Nesse sentido a ocorrência de interferências nas fases iniciais do desenvolvimento da cultura da soja, através de pragas, doenças e plantas daninhas, resulta na definição de um potencial produtivo menor. Pesquisas indicam, por exemplo, que a competição inicial (até 14 dias após a emergência) com plantas daninhas pode causar perdas de até 8,5% da produtividade.

            Com o atraso observado na semeadura desta safra, algumas áreas têm apresentado alta incidência de plantas daninhas, que se não controladas em pré-semeadura irão causar danos precoces a produtividade da cultura da soja.

            Com relação a pragas da fase inicial de desenvolvimento, dados de pesquisa demonstram que o ataque de coleópteros desfolhadores (cascudinhos) pode resultar em danos de até 4 sc de soja por hectare. Havendo a ocorrência de “cascudinhos”, em grande intensidade, é fundamental a realização do seu controle, porém não se recomenda o uso indiscriminado de inseticidas piretróides (inseticidas de choque) em razão do elevado potencial de desequilíbrio que provoca, resultando no rápido crescimento populacional de lagartas e ácaros. No caso da ocorrência de somente lagartas, indica-se o uso preferencial de inseticidas fisiológicos, em razão do menor impacto do produto na população de inimigos naturais existentes na lavoura.

            Eng. Agr. Mauro Roberto Rohr

DETEC - COAGRIL