A maioria da soja cultivada no município de Chapada encontra-se no estádio final da floração e início de formação de vagens e algumas já em formação de grãos. A partir desses estádios até o final do ciclo da mesma, devemos monitorar constantemente o ataque de pragas, principalmente lagarta e percevejos.

Encontramos percevejos na soja desde o estádio vegetativo até a colheita, sendo que no estádio reprodutivo esta praga ocasiona os maiores danos econômicos. As principais espécies são o Percevejo Marrom (Euschistus heros), Percevejo Barriga Verde (Dichelops Sp.), Percevejo Verde (Nezara Viridula) e o Percevejo Verde Pequeno (Piezodorus guildinii).

Embora os percevejos adultos sejam os mais facilmente visíveis na cultura da soja, levantamentos têm mostrado que, durante o período reprodutivo das plantas (floração à maturação), a maioria da população de percevejos que está causando danos à soja é composta, especialmente por formas jovens de percevejos, que são ninfas de terceiro, quarto e quinto instar (correspondem a 72%), que causam à soja prejuízos semelhantes àqueles causados pelos adultos.

Os percevejos são sugadores, alimentam-se inserindo os estiletes e sugando os nutrientes que a soja produz. Nos ataques iniciais pode ocorrer abortamento de vagens e os grãos quando atacados ficam menores, enrugados, chochos e com cor mais escura.

A presença dos percevejos nas lavouras de soja muitas vezes pode passar despercebida em função dos insetos buscarem locais mais frescos nos períodos mais quentes do dia. Também por serem insetos que se alimentam diretamente de vagens e sementes de soja, seus danos, embora sérios, não são facilmente perceptíveis durante o desenvolvimento da cultura e os problemas muitas vezes tornam-se visíveis no momento em que o produtor vai colher e vender sua soja. Portanto, é fundamental a adoção das táticas de manejo integrado, evitando populações e ambientes desequilibrados e maiores prejuízos futuros.

RAFAEL A. OPPELT

DETEC - COAGRIL